Do nosso Jeito
Composição: (Lino Mourais)


Nosso amor foi feito pra durar
Mesmo fugindo as convenções
Alheio as opiniões
Nossa regra é amar

Dois iguais
Uma eternidade pra viver
Enfrentando tudo com você
Escrevendo a nossa história

Sei, muitos vão falar
Julgando com maus olhos nossa união
Apontando defeitos de olhar si
Moral da história
Só quem sente vai saber

Fazendo o que nos convém
Assumindo o desejo que nos satisfaz
Pagando um alto preço
Por querer demais
Eu sei que não é fácil, mas tem jeito.

Fica aqui, perto de mim.
Deixa que o mundo fale o que quiser
Não esqueça que no fundo
O que a gente quer
É ser feliz assim, do nosso jeito.


Compus esta canção em agosto de 2009, acabei defendendo-a numa Festival de Música aqui em minha cidade Samambaia - DF, não consegui premiação naquela ocasião, contudo, tive o imenso prazer de dividir esta canção com o público e de ser aplaudido e elogiado por várias pessoas que a mim se dirigiram, a vocês, todo o meu carinho, espero que curtam este primeiro registo feito no Bar Lupullos onde tenho me apresentado, acompanhado do Violão de meu amigo, parceiro de longa data, o músico Everson Mattos.

MINHA HISTÓRIA COM A MÚSICA

Meu nome é Juscelino, nascido em 16 de Julho de 1978 na cidade de Brasília, Iniciei meu contato com a música aos 4 anos de idade, quando comecei a perceber que amava ouvir rádio, mesmo tão pequeno aquelas canções me encantavam, ainda bem menino eu cantava Milton, Roberto Carlos, Gal Costa, Djavan, Tim, Bethânea, Wanderléia, e amava tudo aquilo, graças ao meu pai tive contato com os mais diferentes tipos de Música, das sertanejas aos Sambas de Martinho da Vila, Benito de Paula, Bezerra da Silva, passando por clássicos da Música como, Altemar Dutra, Nelson Ned, Nelson Gonçalves, Roberto Carlos, me dava prazer estar por ali ouvindo aqueles discos, lembro do barulhinho do disco antes da próxima música, aquilo me dá um gosto de saudade... Lembro-me várias vezes quando sentava ao lado de minha avó Áurea, com aquele livrão grosso chamado – Saudade Seresteira - Graças a ela aprendi muitas canções, com minha irmã Lúcia que também adorava cantar, nasceu a minha paixão por cantores e Bandas como: Fábio Júnior, Roupa Nova, Kid Abelha, Guilherme Arantes entre outros, aquilo era o que me fascinava, eu já amava a música, mesmo sem saber que queria viver dela. Mesmo com toda essa paixão e essa vontade de cantar, eu tinha muita vergonha de mostrar ao outros que cantava, lembro-me que minha mãe me pegou no flagra quando eu, sentado num balanço cantava “Foi assim”, sucesso de Wanderléia, fiquei morto de vergonha, passei a ser mais cauteloso, era tímido demais pra querer ser ouvido.
Anos se passaram, com 15 anos eu estava cursando meu Magistério, curso que concluí em 1997, e numa dada ocasião algumas colegas falavam de música e uma destas colegas perguntou quem sabia cantar uma música chamada “Coleção”, na época grava da por Ivete Sangalo, eu falei que conhecia e cantei timidamente, todas ficaram em silêncio e ao final me aplaudiram, desde então me incentivaram muito a ser cantor, virei o amigo ideal para a trilha do intervalo (risos).
Bons tempos aqueles. Depois, passei a trabalhar em diversas áreas, deixando de lado a minha paixão, somente em 2004 retomei meu contato com a música, na época eu fazia parte da minha companhia de Teatro de Samambaia – CIA COBAIA DAS ARTES – com aulas ministradas pela maravilhosa Verônica Moreno, entrei naquela companhia de Teatro já que, uma amiga me comentou sobre a possibilidade da montagem de um musical, o que não rolou, mas já era tarde demais para voltar atrás, já me via plenamente envolvido pelo Teatro, descobri ali outra grande vocação, participei de maravilhosas montagens. Foi graças ao Teatro que pude perder a minha timidez e passei a ter consciência de corpo, dominar meus movimentos, ter segurança para estar junto do público. Nesta época, Josué Lima, antigo parceiro musical, foi ao meu encontro depois de ouvir falar sobre minha voz, e propôs alguns ensaios com a intenção de montar uma banda, meses depois eu fazia parte da Banda Nova Voltagem, Banda de proposta Pop na qual cantei por mais de um ano, participando de alguns Festivais de Música, marcando assim a minha carreira como cantor propriamente dita. Dali por diante, comecei a cantar na noite fazendo esquema de Voz e Violão, muitas vezes com Banda, arrancando elogios de quem nos prestigiava. Desde então não parei mais, cantando em diversos bares e Festivais de Música e buscando o que mais almejo, viver de música.
Comecei a compor aos 22 anos, porém, era muito tímido para mostrar aquelas letras, somente depois de 2004, em contato com a minha antiga Banda, comecei a compor mais e mais, sendo assim, diante dos diversos estilos que ouvia e ouço ainda hoje, compus Sambas, Bossas, Canções Pop’s Reggaes e outras tantas voltadas para a MPB, inspirado em todos os cantores e cantoras que sempre gostei. Ainda não tenho um CD gravado, é caro, não tive como custeá-lo ainda, mas é um grande sonho que alimento com meus fãs. Meu processo de compor é bem parecido com o da cantora Vanessa da Mata, visto que não sei tocar violão, eu o uso apenas parar tirar tons, mesmo assim componho músicas prontas, com letra e melodia, jogando nas mãos dos violonistas a responsabilidade de colocar os acordes corretos no meu canto, chego a brincar que as músicas me vêm como uma inspiração divina, já que ao compô-las, ouço em minha mente a canção totalmente pronta, cabendo a mim, tentar passar aquilo que tenho em mente aos músicos. Nunca fiz aulas de canto, portanto, devo usar a palavra Dom? Não sei, o que sei é que os anos passaram, tenho aprimorado mais a voz no meu exercício diário seja em casa ou nos bares e festas por onde passo, perseguindo meu sonho de ser feliz fazendo o que mais amo: CANTAR.

Abraços a todos. Obrigado por todo carinho e incentivo. Lino Mourais

MEU CANTO PRO CANTO (Lino Mourais)

Quero fazer deste canto.
Um espaço para música
Para a palavra, escrita e cantada
E que ela desperte em ti
Admiração e encanto
E mesmo que não te toque tanto
Que possa ao menos te fazer pensar um tanto
Enquanto espero e canto
Enquanto escuto e pronto
Vou escrevendo o que sinto
Vou ocultando outros pontos
Às vezes eu sou Silêncio
Às vezes eu sou canção
Muitas vezes sou sorriso
Noutras pranto e solidão
Às vezes eu me preservo
Outras vezes eu me entrego
Muitas vezes sou efêmero
Tantas vezes sou eterno
Entre céu e inferno
Entre incerteza e decisão
Faço do mundo meu palco
Fiz do meu canto opção
De tornar melhor meu presente
De ser presente em canção
De poder voar quando quero
Na minha imaginação
Em letras, pausas, poesias
Em Rimas, métricas e sons
Em harmonias e melodias
Amor e Inspiração
Não tente buscar sentido
No que sentir ao me ouvir
Se conseguir ser tocado
Na certa terá achado
O meu verdadeiro motivo
Que é cantar pra existir.

Prisioneiro de minha Arte

Não quero com esta postagem, despertar em ninguém algum sentimento de pena, gostaria apenas de expor meu sentimento em relação a minha arte neste momento, sou morador do Distrito Federal, não posso dizer que moro em Brasília, pois pra quem já esteve por aqui, sabe que Brasília é o centro do poder, o Distrito Federal é divido em inúmeras cidades e resido numa delas, moro numa cidade onde muitas pessoas tentam criar um núcleo de cultura, contudo, a idéia nunca saiu do papel, pois o jogo de interesses é muito maior que a vontade do bem coletivo, muitos já foram os deputados que por aqui passaram e prometeram tornar este sonho real, porém, estes mesmos políticos só aparecem aqui para lembrarem seus nomes e pedirem votos, fiquem tranqüilos, não irei mencionar o nome de nenhum aqui em meu Blog, eles sequer merecem esta divulgação gratuita. O que gostaria de expor neste momento é minha indignação com esta realidade difícil, aqui existem muitos artistas cada um em sua arte, com muita vontade de viver dela, assim como eu, porém, o nosso Amor arte não basta, é preciso INCENTIVO, e isto aqui não acontece. Faço parte de um Grupo Teatral – CIA COBAIA DAS ARTES – que já realizou algumas montagens, algumas delas, dignas de serem mostradas Brasil afora, contudo, não foi possível, tivemos de nos contentar e fazer poucas apresentações pagando do próprio bolso, assim nosso sonho de crescimento estaciona na mola do mundo – o dinheiro – Sem ele a coisa não anda. Neste momento tenho cantado em um bar situado no Guará II, uma das várias cidades do DF e só tenho a agradecer às pessoas que têm ido prestigiar meu trabalho, e dizer que, são aqueles aplausos que recebo que mantêm a minha vontade de viver de Música acesa, infelizmente não tenho cantado em outros lugares, pois vários dos bares nos quais já cantei ou almejo cantar, estão passando por adaptações, pois, alguns deles incomodavam alguns incomodados moradores habituais do Plano Piloto, pessoas que se incomodam com boa música... Outros fecharam por que incomodaram pela proposta, como por exemplo, o bar GLS Dedo de Moça, hoje extinto, que fechou com a alegação de que incomodava a vizinhança “com o som”, numa demonstração explícita de preconceito, visto que naquela mesma praça havia outros três bares de música ao vivo, enfim, aqui não é o lugar para artistas que desejam crescimento, locais existem, porém, não existem incentivos culturais, quero mostrar minha arte às pessoas, quero fazer valer o meu Amor pela Música, contudo, me vejo prisioneiro de minha arte, pois sozinho não consigo nada, amar o que se faz não basta, não interessa o quão talentoso você seja, se não houver alguém que te “ache” e acredite em você, você continuará a lutar sozinho, mas quem sabe chego lá, dizem que para um sonho se tornar real, o princípio é acreditar nele, e é por isso que vou seguindo, em respeito aos meus fãs e amigos que acreditam na minha arte e minha vontade de tornar real meu desejo de viver dela. Obrigado a todos vocês que sonham comigo e que acompanham meu trabalho. Desistir jamais, eu nasci pra arte e ela é parte de mim.

ETERNA BUSCA

Eterna Busca
Lino Mourais
Composição: (Lino Mourais/ Josué Lima)

Vejo razão pra esse tempo correr,
Vejo razão pra isso tudo mudar
Não há razão em sofrer sem você
Se muito em breve vou te encontrar
Tudo é mais belo se tenho você
Tudo é tão lindo pra quem sabe amar
Tanta doçura que vem de você
Fiz minha estrada no teu caminhar
Vai começar eu quero crer para ver
E o tempo vai nos mostrar...

Deixe que o tempo ensine a viver
Penso que a vida é mais que sonhar
Eterna busca pra se conhecer
Tantos segredos pra se desvendar
Como um presente me veio você
Tua presença é calma de mar
Um grande encontro eu e você
Vidas que seguem pro mesmo lugar
Vai começar....


P.S. Josué Lima, meu antigo violonista e parceiro musical me trouxe uma melodia numa tarde de quinta-feira e eu de imediato coloquei esta letra, o teor da canção nasceu de conversas que tinha com meu grande amigo João Abath, com quem falava sempre sobre os sabores e desabores da Vida, esta é a idéia da Música, a nossa eterna busca pelas coisas da Vida " Deixe que o tempo ensine a viver..."

LINO MOURAIS CANTOR