O CANTO DE LINO MOURAIS

sábado, 22 de janeiro de 2011

SURGEM NOVAS ESTRELAS NA CONSTELAÇÃO MUSICAL



A primeira estrela da nova geração de cantoras dos anos 2000 para mim é Roberta Sá, foi amor a primeira audição (risos), lembro que ouvi uma regravação da música de Dorival Caymmi: “A vizinha do lado” tema da personagem de Juliana Paes na novela América, achei linda aquela voz, dias depois um amigo me passou várias músicas da cantora via “msn”, me apaixonei por aquela menina e por seu talento vocal, uma outra amiga baixou os três discos que ela encontrou na Internet e me passou, dali por diante não consegui ficar um dia sequer sem ouvir Robertinha (Como a chamo carinhosamente).
Roberta Sá decidiu se enveredar pelo Samba e fez uma ótima escolha, dona de uma voz linda, potente e suave, ela consegue tornar os sambas ainda mais belos do que já são, eu poderia dar cinco estrelas a todos os seus CDs, não me canso de ouvi-la e a cada novo trabalho uma grata surpresa, Roberta lançou Sambas e Bossas - 2004, No braseiro - 2005, Que belo estranho dia pra se ter alegria - 2007 (Meu predileto) e Quando o canto é reza – 2010 (com o Trio Madeira Brasil). Sempre me surpreendo com os vídeos postados de apresentações da linda menina pelo Brasil, cantando Sambas e muitas outras coisas ela sempre se supera.
A segunda delas, é Monique Kessous (Cantora, arranjadora, instrumentista) talvez a voz mais próxima a de Marisa Monte no que diz respeito ao timbre, por isso mesmo, ela tem sido comparada a Marisa Monte de uma forma negativa, se é que podemos falar assim, mas é que muitos fãs e críticos acham que ela imita a cantora-diva, opinião da qual discordo por completo, Monique tem sim uma voz bem parecida com a da Diva, contudo, como tenho dito, não é culpa da linda moça, ter um timbre parecido com o de Marisa, Monique Kessous, deve ter sim influência da maior cantora da geração de 1990, mas tem muita personalidade, tanto na escolha de repertório, quanto presença de palco.
Descobri Monique no mês de agosto de 2010 através da canção Pitangueira e me apaixonei de cara, uma moça linda, simpática e afinadíssima, na ocasião até cheguei a comentar: essa canção é a cara da Marisa Monte (risos). Dali eu passei a buscar seus vídeos no Youtube e fui me encantando a cada dia mais. Em dezembro, depois de andar muito em várias lojas procurando seu CD, acabei encontrando na livraria Cultura de um Shopping da cidade, ao chegar em casa fui escutar o trabalho intitulado “Monique Kessous” que vem sendo (pouco) distribuído pela Sony Music, na verdade é seu segundo disco, o primeiro se chama “Essa cor”. Fiquei simplesmente encantado com o encarte do trabalho e com suas músicas, eu poderia destacar todas as músicas, mas as que mais me chamaram a atenção foram: Levo a minha vida assim (Uma bela ode ao amor ao próximo), Bloco do prazer (Regravação para o sucesso de Moraes Moreira e Gal Costa – Nessa Monique preferiu fazer uma versão mais “sensual”, ficou belíssima), Noites sem Luar (Linda valsa cantada por ela e Paulinho Moska – Parece canção antiga), Sonhos (Regravação da canção de Peninha, desta vez numa versão tango – Apaixonante) e Pitangueira (Uma canção regionalista belíssima). Monique mostra que chegou para fazer a diferença, e que venham muitos bons trabalhos por aí, fico aguardando seu primeiro CD nas lojas pra poder me deliciar bem mais.
A terceira estrela desta nova constelação é Maria Gadú (Mayra Corrêa Aygadoux), uma espécie de Cássia Eller um pouco mais suave (risos), a menina é muito boa, tem um lindo timbre, chegou chegando e encantando as pessoas com suas músicas e seu jeito tímido, sucesso de vendas e de crítica, Maria Gadú conseguiu em pouquíssimo tempo mostrar a que veio, nem ela mesma acredita em todo o sucesso, para ela, o que sempre importou foi cantar (E ela adora fazer isso e faz muito bem).
Canções como Altar Particular (lindo Samba Canção), Tudo diferente (Canção com ares regionalista), Dona Cila (Homenagem a sua avó) e claro Shimbalaiê (Seu primeiro sucesso radiofônico), fazem parte do CD que leva seu nome e recentemente lançou seu DVD, no qual mostra ao vivo que é tão boa cantora quanto em estúdio. Minha única crítica ao DVD é o excesso de participações especiais, ao que parece, ela quis abrir espaço para seus amigos e parceiros musicais em seu Show, o que acabou deixando o DVD um pouco cansativo, também não entendi por que Sandy que estava presente na gravação, não entrou como participação especial, parece que Gadú não acreditou que a moça iria a seu Show.
Salve salve as novas cantoras da MPB, nossos ouvidos agradecem.
Lino Mourais - janeiro 2000

Um comentário:

  1. Bom revê-lo por aqui! Ainda mais falando de boa música (com o excelente gosto que tem não é difícil assim, né?)
    ;)

    Bjo, Amore!

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